Periferia da Comunicação – Daspu

A segunda palestra foi de Flávio Lenz, diretor de comunicação e marketing da Daspu.

Depois do escândalo de sonegação de impostos da DasLu, um amigo de Flávio criou o nome DasPu, trocadilho que remete à grife paulistana. Uma semana após o lançamento oficial, a DasLu enviou uma notificação ameaçando processar os criadores da DasPu. Flávio levou a história para a mídia e, em menos de uma semana, a marca já estava em uma matéria no Fantástico. Posteriormente, a DasLu chegou a convidar a DasPu para ter um stand dentro de sua loja em São Paulo, mas Flávio achou que isso acabaria com a essência e credibilidade de sua marca.

daspu

“Para seduzir as pessoas, fazemos ativismo com humor, não aquele ativismo ‘Prostitutas Unidas Jamais Serão Vencidas!’. Preferimos camisetas com mensagens como “As mulheres perdidas são as mais procuradas.”

Segundo Flávio, o maior engano das pessoas é pensar que as DasPu foi criada para oferecer uma nova profissão (costureira, modelo, estilista etc.) para as prostitutas. Essas pessoas não precisam ser socorridas, salvas do que julgamos ser uma vida sofrida. Temos que parar de pensar alguns grupos a partir de nosso olhar viciado e passar a identificar o valor que eles têm. Não se teria essa idéia de marca tão relevante se as prostitutas fossem consideradas somente um grupo de pessoas marginalizadas.

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Para terminar, Flávio nos deixa um insight sobre gerir negócios:

“As prostitutas trabalham identificando desejos sexuais: o que este cliente quer, como, aonde? É o que tentamos fazer com os nossos clientes para vender cada vez mais roupas da grife.”

Diego Senise  |  Rafael Lavor

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